As quatro semanas em que decorreu o curso de facilitadores revelaram-
se um tempo de reflexão e de crescimento a nível físico, mental e
emocional. Fizeram-me pensar a pessoa que sou integralmente e refletir
sobre crenças que não me alavancam e o motivo da adoção de
determinadas atitudes, receios e inseguranças que me acompanham
diariamente em todas as circunstâncias e momentos vividos.
As primeiras questões colocadas no manual fizeram-se despir e analisar o
que sou como mulher, como mãe, como esposa , como profissional,
como colega, como amiga e analisar a origem de atitudes e
procedimentos que me impedem de ser o que verdadeiramente gostaria
de ser: uma mulher segura de si, das suas capacidades e do seu poder;
uma mulher que não precisa de se esconder por detrás de uma máscara
de durona e, sem preconceitos, mostrar fragilidades, receios,
inseguranças … deixando o outros penetrar no meu ser sem que isso a
leve a ficar sempre na defensiva.
Na verdade, sinto-me uma mulher orgulhosa do que sou e do que
consegui, mas vivo uma contínua insatisfação, uma necessidade de ser
mais, não propriamente de ter. De ser, de conhecer, de fazer bem, de ser
melhor, de agir certo …, mas também de não ficar atrás, de mostrar o
meu valor, de estar na linha da frente.
Neste sentido, a intervenção do Nuno foi muito benéfica pois fez-me
refletir na minha relação com os homens, com o meu marido… Fruto da
minha educação não gosto do poder que se imputa ao sexo masculino
e vejo nele sempre um grupo privilegiado e com regalias que, embora
cada vez menos, são vedadas às mulheres. Tenho alguma dificuldade
em equilibrar as energias Yin e Yang e tenho vindo a trabalhar esse
equilíbrio o que me tem evitado dissabores.